Representantes do setor contábil se encontraram com a Receita Federal para apresentar solicitações referentes à mais nova obrigação acessória estabelecida pela autarquia, a Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (DIRBI).

Na ocasião, o secretário Especial da RFB, Robinson Sakiyama Barreirinhas, explicou o motivo da nova obrigação acessória: “Toda lógica do cadastro é, simplesmente, termos a informação para, inclusive, fornecermos ao Congresso”, esclareceu. E completou: “São mais de 200 benefícios. Então, começamos o cadastro com apenas 16. São só 16 de 200 benefícios. Selecionamos aqueles que atingem grandes empresas, que não tenham dificuldade de fazer a apresentação desses dados”.

O secretário ainda destacou que o sistema de preenchimento é rápido, que o órgão tem recebido milhares de declarações por dia e que quem declara se regulariza e não será autuado.
Mesmo assim, o senador Izalci Lucas (PL-DF), presente no encontro, ressaltou o grande volume de trabalho com o qual os profissionais da contabilidade já lidam diariamente e como mais essa obrigação impacta o setor.

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Aécio Dantas, destacou a parceria efetiva que a Receita Federal tem mantido com as entidades contábeis, na busca pela conformidade e o desenvolvimento de ferramentas de fiscalização. “Este é o nosso interesse: tentar melhorar o ambiente de atuação do profissional da contabilidade e, por isso, é importante que a gente mantenha esse diálogo”, afirmou.

O contador tratou de três pontos centrais: multas, prazo e a necessidade de amadurecimento das informações antes de se criar uma nova obrigação. O profissional relembrou o conteúdo do ofício enviado à RFB pelo CFC, Fenacon e Ibracon que tratou da Dirbi.

Dantas também ressaltou que, em uma reunião técnica, realizada no mesmo dia pela manhã, um profissional da contabilidade do Rio Grande do Sul demonstrou, ponto a ponto de algumas informações que são cobradas na Dirbi, em que esses dados, com mesmo nível analítico e de consistência, podem ser encontrados em outras obrigações.

O representante do CFC também explicou o aumento no volume de trabalho da classe e o impacto em suas rotinas. “Quando falamos na inserção de outra obrigação acessória, é preciso analisar também as consequências da questão do impacto regulatório. Toda vez que se cria uma obrigação nova, há profissionais da contabilidade que possuem as suas estruturas e os seus contratos já pactuados com os seus clientes, com base naquelas obrigações que já existiam e, então, surge uma obrigação nova”, contextualizou.

Impacto do Perse

Sobre esse aspecto, o presidente alertou que, por exemplo, há profissionais que possuem 200 clientes que estão no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), incluído na Dirbi, o que impacta nas rotinas e nos planejamentos pré-estabelecidas pelas empresas contábeis.

Dantas sugeriu que a RFB e as entidades utilizassem o segundo semestre para a realização de reuniões técnicas e para amadurecer a concepção da construção da declaração, com o intuito de reduzir a pressão sobre a classe e as empresas brasileiras.

O diretor Administrativo da Fenacon, Fernando Baldissera, foi na mesma linha do CFC e citou o aumento no volume de trabalho e a necessidade das entidades realizarem um encontro com o órgão para a discussão do tema.

Dando continuidade, Barreirinhas explicou que, em relação ao Perse, não há o que fazer, já que há previsões legais envolvendo o programa e a Receita precisa enviar as informações sobre o benefício ao Congresso.

Em seguida, o deputado federal, Domingos Sávio (PL-MG), falou sobre a questão da simplificação do sistema tributário brasileiro.

Participaram da reunião membros do CFC, da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), do Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon) e lideranças políticas.Ao término da reunião a Receita Federal, o CFC, a Fenacon e o Ibracon deixaram agendada uma reunião técnica para ainda esta semana debater a temática.

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